terça-feira, 22 de agosto de 2023

MENOTTI DEL PICCHIA

 Menotti Del Picchia foi um poeta, romancista, ensaísta, cronista, jornalista, advogado, tabelião e político brasileiro. Foi ativista do Modernismo, mas sua obra mais marcante é o poema “Juca Mulato”, em que a temática é o caboclo o maior traço do Pré-Modernismo.


Menotti Del Picchia nasceu na cidade de São Paulo, no dia 20 de março de 1892, filho do jornalista Luigi Del Picchia e de Corina Del Corso, imigrantes italianos. Com cinco anos de idade mudou-se com a família para a cidade de Itapira. Iniciou seus estudos em Campinas, São Paulo e seguida estudou no Ginásio Diocesano São José, em Pouso Alegre, Minas Gerais.

De volta a São Paulo, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, concluindo o curso em 1913. Nesse mesmo ano publicou seu primeiro livro “Poemas do Vício e da Virtude”. No ano seguinte voltou para Itapira, onde trabalhou como advogado e dirigiu os jornais, Diário de Itapira e O Grito!

Em 1917, Menotti Del Picchia, futuro modernista, publicou o poema “Juca Mulato”, onde fixa o temperamento triste do brasileiro, que foi reproduzido em diversos jornais do país. Com inovações de linguagem, a obra levou o autor ao reconhecimento nacional. Nesse mesmo ano publicou o poema “Moisés”.

Menotti Del Picchia foi um dos articuladores e ativista da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, entre 13 e 18 de fevereiro de 1922. O autor abriu a segunda noite, a mais importante e a mais tumultuada da Semana, com uma conferência em que era negada a filiação do grupo modernista ao futurismo de Marinetti, mas defendia a integração da poesia com os tempos modernos, a liberdade de criação e, ao mesmo tempo a criação de uma arte genuinamente brasileira.

Em 1924, Menotti criou, junto com Cassiano Ricardo, Plínio Salgado e Guilherme de Almeidao Movimento Verde e Amarelo, como reação ao tipo de nacionalismo defendido por Oswald de Andrade.

Em 1933, convidado por Assis Chateaubriand, assumiu a direção do jornal Diário da Noite. Em 1938 foi indicado pelo governador Ademar de Barros, para a direção do Serviço de Publicidade e Propaganda do Estado de São Paulo. Em 1942, passa a dirigir o jornal A Noite. Em 1943, ocupou a cadeira n. 28 da Academia Brasileira de Letras.

Entre os anos de 1926 e 1962, Menotti ocupou os cargos de deputado estadual em duas legislaturas e federal em três legislaturas, ambos pelo Estado de São Paulo. Em 1960 recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia. Em 1968 foi agraciado com o título de Intelectual do Ano. Em 1987, foi inaugurada em Itapira, a Casa Menotti Del Picchia, para preservação do seu acervo.

Menotti Del Picchia faleceu em São Paulo, no dia 23 de Agosto de 1988.

Obras de Menotti Del Picchia

Do Vício e da Virtude, 1913
Moisés, 1917
Juca Mulato, 1917
Angústia de D. João, 1922
O Amor de Dulcinéia, 1926
República dos Estados Unidos do Brasil, 1928
A República 3000, 1930
Salomé, 1930
Kalum o Sargento, 1936
Kamunká, 1938
Dente de Ouro, 1946
Deus Sem Rosto, 1967

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