O Protocolo de Kyoto é um instrumento internacional que entrou em vigor em 16 de feveriro de 2005, e foi ratificado pelo Brasil em 15 de março de 1998. Ele visou reduzir as emissões de gases poluentes, que são responsáveis pelo efeito estufa e pelo aquecimento global. O Protocolo de Kyoto entrou oficialmente em vigor após ter sido discutido e negociado em 1997, na cidade de Kyoto (Japão).
No documento, há um cronograma em que os países eram obrigados a reduzir, em 5,2%, a emissão de gases poluentes, entre os anos de 2008 e 2012 (primeira fase do acordo). Os gases citados no acordo são: dióxido de carbono, gás metano, óxido nitroso, hidrocarbonetos fluorados, hidrocarbonetos perfluorados e hexafluoreto de enxofre. Os três últimos são eliminados principalmente por indústrias.
Os países deveriam colaborar entre si para atingirem as metas. O protocolo sugere ações comuns como, por exemplo:
- aumento no uso de fontes de energias limpas (biocombustíveis, energia eólica, biomassa e solar);
- proteção de florestas e outras áreas verdes;
- otimização de sistemas de energia e transporte, visando o consumo racional;
- diminuição das emissões de metano, presentes em sistemas de depósito de lixo orgânico;
- definição de regras para a emissão dos créditos de carbono (certificados emitidos quando há a redução da emissão de gases poluentes).
Expectativas
Os especialistas em clima e meio ambiente esperavam que o sucesso do Protocolo de Kyoto diminuisse a temperatura global entre 1,5 e 5,8º C até o final do século XXI. Desta forma, o ser humano poderia evitar as catástrofes climáticas de alta intensidade que estão previstas para o futuro.
Resultados do Protocolo de Kyoto após 10 anos
Em 2015 completou 10 anos da entrada em vigor deste acordo mundial, porém, dados divulgados em fevereiro de 2015 apontaram que o acordo não atingiu seus objetivos iniciais, pois entre os anos de 2005 e 2012 houve um aumento da emissão mundial destes gases em 16,2%.
Por outro lado, especialistas em clima afirmam que o pacto gerou alguns benefícios. Estes estudiosos dizem que se não houvesse o Protocolo de Kyoto, as emissões de gases do efeito estufa teriam sido muito maiores, aumentando os efeitos nocivos do aquecimento global no planeta.
O protocolo também foi benéfico no sentido de incentivar a adoção de medidas governamentais práticas como o objetivo de diminuir os impactos climáticos negativos. Também foi positivo, pois alertou a população mundial para o problema das mudanças climáticas, além de estimular o uso de fontes de energia limpa (eólica e solar).
Em princípio, países industrializados ainda têm obrigações sob o Protocolo de Kyoto, mas um tratado posterior, o Acordo Climático de Paris de 2015 o substituiu.
Sob o Acordo de Paris, quase todos os países do mundo concordaram em limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. Os signatários do pacto se comprometeram com metas climáticas nacionais e de redução de CO2 que eles mesmos elaboraram. Até agora, no entanto, quase nenhum país tem cumprido suas metas.
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