domingo, 13 de fevereiro de 2022

FONTES HISTÓRICAS

 O passado, enquanto objeto de estudo, não está  organizado didaticamente para ser compreendido pelas pessoas, o que faz com que o historiador busque vestígios que possam fornecer informações e respostas para a compreensão dos eventos que ocorrem e ocorrerão em outras épocas. A estes "vestígios" damos o nome de fontes históricas. Neste sentido, cabem a elas "livrar" a história das suposições e julgamentos pessoais.


Certamente, as fontes históricas não esgotam as informações sobre determinado tema, haja vista que as descobertas arqueológicas e os estudos antropológicos a todo tempo se superam em todas as partes do mundo, o que faz com que cada vez mais as fontes históricas se ampliem e, por conseguinte deflagrem novas interpretações, que muitas vezes podem até ser discordantes entre si. Logo, compreende-se que não há uma verdade absoluta sobre quaisquer assuntos.
Destaca-se que até o século XIX os historiadores acreditavam que o passado não poderia ser reconhecido fora das fontes escritas oficiais, o que visivelmente desprezava a oralidade, hoje tão aceita entre os homens. Deste modo, percebe-se que grande parte da história, no que tange fatos, costumes e hábitos culturais, sociais e políticos podem ter se perdido no tempo, sem o justo reconhecimento.
Neste contexto, a partir do século XX, as fontes de natureza visual, oral e sonora foram incorporadas para a compreensão do passado. Tal fato levou, inclusive, a novas visões sobre determinados eventos ocorridos no passado e fomentou (e ainda fomenta) várias discussões.
Assim, hoje são consideradas fontes históricas: objetos, áudios, documentos oficiais, fotografias, desenhos, depoimentos orais, expressões ruprestes, diários e qualquer outra manifestação que retrate a natureza e a sociedade no decorrer dos séculos.

Silvia Laura Abrahão

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